Além desta jogada dos banqueiros do Itaú e Unibanco, me parece que a aquisição será usada para justificar parte da MP da estatização bancária e a aquisição de outros bancos pelos bancos públicos (BB e CEF). De fato, o cenário posto é de aumento da ineficiência do sistema financeiro brasileiro. A única forma de melhoria de condição para os clientes e para a economia, dado esse movimento de concentração, seria a maior abertura do mercado bancário para instiuições do exterior... o que duvido que ocorra no governo Lula.
Outro ponto que me chama atenção é o de que a maioria dos analistas econômicos acha esta aquisição essencialmente BOA para a economia. Apenas quem chamou antenção sobre os pontos ruins da criação do grande banco foram orgãos controlados por ADVOGADOS (Procon e IDEC)! Realmente me surpreende a unamidade em torno desta operação. Em economia, um resultado básico sobre fusão e aquisição, que poderia ser questionado dependendo do caso, é o seguinte: maior poder de mercado leva a maior preço dos produtos, redução da oferta e ineficiência na alocação de recursos.
Falando sobre outro argumento, este colocado pelo presidente do Banco Central, é a fato de que essa operação torna o sistema financeiro mais sólido. Bom... se o Unibanco estiver mal das pernas esse argumento faz sentido. Se o Unibanco está "muito bem, obrigado" esse argumento do presidente do BC não faz sentido. A criação de um super-banco como esse somente traz maior risco sistêmico para o sistema financeiro. Apesar de terem mais ativos essa união serve como um seguro ainda maior para os banqueiros e uma faca na garganta para o contribuinte. Se antes eles sozinhos já eram grandes demais para quebrarem (2 big 2 fail), unidos eles não podem quebrar ou balançar. Deste modo, o consumidor e os contribuintes ficam cada vez mais reféns dos super-bancos sem existir melhora significativa do risco do sistema financeiro Brasileiro.