Neste sentido, a ação das duas primeiras semanas foi de tentar proteger o sistema financeiro. Houve uma preocupação com o risco sistêmico.
Todavia, na terceira semana de crise o governo deixa transparecer que a preocupação dele não é apenas com o risco sistêmico, mas sim com a desacelaração da economia. As medidas (MP) que concedem permissão para a Caixa Econômica Federal comprar participação acionária de construturas e o Banco do Brasil "investir" em financiamento automotivo em conjunto com as medidas para prover crédito aos exportadores sinaliza que o governo amarra um pacote para tentar segurar o crescimento da economia brasileira. Isto pode sair muito caro.
O governo sabe que o crescimento recente do PIB está pautada no crescimento do crédito interno para construção civil, veículos, etc e no volume de exportação. Logo, esta mudança de alvo do risco sistêmico pode indicar que o governo deseja sustentar o crescimento recente da economia com dinheiro público. Este passo eu considero extramamente arriscado, pois se a economia não se reajustar frente a nova disposição da reorganização dos negócios após a crise corremos o sério risco de ter uma crise em forma de L ao invés de ter um crise em forma de U.
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